CASA DO BRASIL DESMENTE DECLARAÇÕES ABSURDAS SOBRE O BREXIT

Face às absurdas declarações de algumas organizações e profissionais sobre as consequências da votação no 'referendum' de 23/6, a Casa do Brasil decidiu publicar vídeos de esclarecimentos, que naturalmente nesta altura não são muitos, mas sobretudo desmentir algumas declarações absurdas que foram publicas e televisionadas.
 
Segundo Carlos Mellinger, presidente da organização, a única justificativa possível para tais declarações seria de atrair clientes alarmados desnecessariamente. "Quando retornei de férias e li as matérias publicadas e assisti gravações de TV fiquei abismado com os absurdos", declara Mellinger. E continua: "não posso culpar a imprensa que acreditou estar falando com gente competente, mas esqueceu de filtrar o fator fins lucrativos de quem entrevistou".
 
De acordo com Vitória Nabas, advogada de imigração que atua também na Casa do Brasil, não há a mínima chance de documentos já emitidos serem revogados. 
 
O clima de incerteza atual é péssimo para todos, afetando a economia e dividindo praticamente pela metade a população britânica. "Não podemos esquecer que temos 48% da população descontente com o resultado, mais uma parcela de quem votou para sair e já percebeu que não haverá tapete vermelho estendido para o Reino Unido fazer novos acordos comerciais", declara Mellinger.
 
Em termos de imigração, pouco se sabe, mas alegar que cartões de residência perderão validade gera um pânico desnecessário. Outras declarações sobre manifestações de discriminação contra brasileiros foram altamente inflamadas. "Somos um povo querido pela população britânica; somos brasileiros, não nos vêem como duplo-cidadãos", afirma Carlos Mellinger, que acredita que no Reino Unido vivam mais de 150.000 nacionais brasileiros que têm também cidadania europeia.
 
Por fim, face às matérias atuais sobre o que acontece com a os europeus que já estão vivendo e trabalhando em solo britânico, a única recomendação é que se registrem no Home Office, ou, caso já tenham 5 anos de trabalho, solicitem a residência permanente. "Não podemos enxergar a saída de europeus de baixa qualificação, que atuam na área de limpeza, restauração, construção e entrega de documentos", acentua Mellinger, que continua: "o País iria parar e o povo não votou para isso e sim para a saída da UE; certamente medidas de contenção para novos migrantes devem ser estabelecidas, mas não há prazo para isso, talvez saibamos um pouco mais depois de conhecermos o novo primeiro-ministro previsto para ser anunciado no dia 9 de setembro".
 
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